Já foi no dia 18,sábado, mas na minha cabeça parece que ainda foi ontem: os sons, as luzes, a energia das pessoas, o rio ali ao nosso lado e a animação estampada no rosto da minha maninha.
Para mim, sem dúvida que o último dia do Festival Marés Vivas foi a melhor noite de todo o verão!
A noite não começou exactamente da mesma forma como acabou,o que foi ainda melhor: foi em crescendo.
Saimos bastante tarde de casa, mal sabíamos o caminho para o Cabedelo e tivemos de deixar o carro a uma ditância de, no mínimo, um quilómetro do recinto de espectáculos (juro que não estou a exagerar!) .
Do concerto da Collbie Caillat só ouvimos duas musiquinhas e ainda assim fora do recinto,mas também não posso dizer que tenha ficado propriamente com pena!
O primeiro concerto que realmente ouvimos "na íntegra" foi o de Jason Mraz.
Admito que fiquei desiludida. À primeira vista parecia que a maioria dos espectadores seriam fãs do cantor: os chinelos de praia e chapéus pousados de lado no alto das cabeças evidenciavam o esse facto. Porém, a animação ficou aquém das expectativas, pelo menos pareceu-me. Só os êxitos realmente mais conhecidos conseguiram verdadeiramene a adesão do público. Não fossem os joguinhos vocais e a apropriação de dois êxitos alheios de grande renome e o concerto podia ter sido classificado como "morno".
Por fim, a banda por que eu tanto ansiava.
Para ser franca, até me custa expôr por palavras o que para mim representou aquele concerto depois do ano dificil por que passei.
Tocaram as músicas dos três álbuns, as canções que estou habituada a agregar aos melhores e aos piores momentos da minha vida. O resultado acabou por ser uma magnifica combinação de baladas cheias de tranquilidade e nostalgia com os recentes êxitos marcados pela luz intensa, cores vivas e sons de guitarras eléctricas.
Foram duas horas de glória em que a multidão vibrou com um astral que não podia ter sido mais positivo. Eu e minha mana sentimos aquelas músicas de forma muito intensa, querendo absorver cada som, cada palavra.... e acabamos por despertar um pouco a curiodidade das pessoas que estavam em nosso redor!
De facto, uma parte importante do concerto foi mesmo o facto de estarmos ali as duas, que partilhamos a mesma paixão e compreendemos aquela banda da mesma maneira! Claro que ainda falamos algumas vezes na nossa Ju....tivemos tanta pena que não pudesses lá estar!
De facto, uma parte importante do concerto foi mesmo o facto de estarmos ali as duas, que partilhamos a mesma paixão e compreendemos aquela banda da mesma maneira! Claro que ainda falamos algumas vezes na nossa Ju....tivemos tanta pena que não pudesses lá estar!
Nunca mais vou esquecer aqueles momentos: ver pela primeira ao vivo os companheiros de tantos momentos, levantar os telemóveis para iluminar o ar durante o "You don´t see me", dançar despreocupadamente o "Perfect Simetry", olhar de relance para o outro lado do rio durante o "Somewhere only we know"e ver pequenos pontos de luz nos edifícios da minha cidade que tanto adoro. Também vou guardar para sempre as inúteis tentativas do vocalista da banda (Tom Chapiln) para falar português : "Biba Gaia!"; " Vocês são um bom pobo!" (soou a tradução da internet, não?).
Foi tão bom cantar o "Bedshaped" de mão dada no ar com a minha maninha, de rir com os movimentos energicos de toda a banda em palcos voltar para trás quando já estávamos perto da saída para ouvir o últimos dos três encores - uma versão soft de "Under Pressure" dos não menos britânicos Queen - quando já toda a gente estava convencida de que o espectáculo estava terminado.
E rio,calmo e sereno, sempre ali ao lado....
Quando regressava a casa recordei uma emoção que sentia quando era criança e associava sempre ao natal: fartamos-nos de esperar por um momento determinado, vivemos intensamente esse momento e quando acaba, percebemos que o melhor já passou e que foi extraordinariamente curto!
Parece complicado? Bom, eram 4.30 da manhã e estava a morrer de sono quando me ocorrerm estas ideias! XD