Para a Ana (a minha maninha) para que ela saiba que nem sempre sou assim tao adulta como ela pensa, e que não é assim tão mau gostar do Disney Chanel....
Hoje acordei para uma realidade surpreendente.
Subitamente, dos meus amigos mais próximos 8 já ultrapassaram a casa dos vinte e a maioria dos restantes vai fazê-lo ainda durante este ano.
Subitamente, andamos de carro em vez de recebermos recomendações dos pais sobre como apanhar transportes públicos.
Subitamente podemos ir onde quisermos, fazer o que bem nos apetecer sem ter de inventar os esquemas mais rebuscados para a uma saída mais alargada.
Subitamente podemos tratar dos nossos próprios papéis, comprar coisas de “adultos” sem que ninguém nos pergunte nada, possuímos cartões bancários e somos quase independentes….alguns até moram sozinhos!
Subitamente falamos dos desenhos animados com nostalgia e lembramos a infância como um tempo longínquo e feliz. Já foi assim há tanto tempo?
Subitamente as nossas relações complicaram-se temos problemas em lidar com a personalidade de outras pessoas, percebemos que o mundo não se divide apenas entre bons e maus, sofremos traições, caímos em estados de depressão ou confusão total….apaixonamo-nos e sofremos com isso. Não era tão mais simples quando tudo o que tínhamos de fazer ao gostar de alguém era enviar-lhe um papelinhos a perguntar “Queres namorar comigo?” comum quadradinho para o sim e outro para o não, e recebíamos imediatamente a resposta?
Subitamente, acordo de manhã para ir para a faculdade e não para a escola, subitamente tenho de estudar por vontade própria, ir as aulas porque quero, porque ninguém me vai obrigar a nada…. (é a minha vida)
Subitamente, posso votar e tomar todo o tipo de decisões sabendo, porém que vou ter de suportar por mim mesma as consequências de tudo o que fizer….
Pois é….afinal parece que cresci…crescemos todos!
Então porque me imagino muitas vezes com 15 anos, tal e qual como acabei o 9º ano, porque me engano por vezes quando me perguntam a idade, porque me sinto mal quando a família não me trata como a “pequena princesinha” , e pior ainda, quando alguém ainda jovem me trata por “você”….
Não era tão mais fácil quando faziam tudo por nós?
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Nós é que temos a mania que já somos adultos, porque na realidade ainda somos umas autênticas crianças. Mas neste caso crianças que em vez de brincarem com brinquedos brincam com a vida, porque a vida é tão simples e pura, mas como temos a mania que somos adultos, complicámos tudo.
ResponderEliminarO teu texto foi uma boa reflexão, gostei!
:)
Pela primeira vez senti-me verdadeiramente tocada. Poderia ter sido eu a escrever isto, porque expressa exactamente o que sinto.
ResponderEliminarComo diz o meu pai "crescer dói". Acho que ele diz isso para me provocar, claro, mas também porque sabe bem o que custa, o que custou...
O melhor mesmo era conseguirmos ser adultos e crianças ao mesmo tempo - acho que é possível!No fundo nunca deixamos de ser crianças, porque há sempre alguém (em última instância, nós próprios) que nos leva de volta à infância e ao que costumavamos ser nessa altura
=)
Tenho.te a dizer que EU SOU CRIANÇA!!!! Agora mais do que nunca!!! A idade ideal para brincarmos é a nossa! :D
ResponderEliminar*****
Acho que o nosso problema, pequena princesinha, foi mesmo eu não me ter apercebido do quanto tu cresceste....
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